sexta-feira, 6 de novembro de 2009
O que é o Kayak Surf ?
Por cá, esta nova vertente anda algo perdida entre as regras do Freestyle e a Surf na sua mais pura essência. Se é verdade que muitos dos atletas mundiais do Freestyle consideram cada vez mais aliciante esta mania de levar os kayaks para as ondas do mar, também não deixa de ser verdade que, na sua maioria, quando andam metidos no mar, depressa caem na tentação de executar todo seu manancial de manobras de águas bravas deixando o puro surf para… os surfistas. Ou seja, a vertente norte americana em que os irmãos Grossman fazem escola peca pelo seu classicismo. Nos states, surfar com um kayak de plástico é uma heresia daí que a categoria de eleição para os grandes kayaksurfers norte americanos seja a dos “Clássicos Internacionais” e depois é só vê-los a fazer longos passeios pelas paredes perfeitas de Santa Cruz. Pela Europa, os plásticos são habituais nas provas de kayak surf e, a um nível mais global, basta consultar a entrevista de Ben Brown, para ficarmos rendidos às magníficas fotos que Steve Fisher tirou ao neozelandês enquanto surfava um “plástico” da Riot.
Então em que é que ficamos? A solução, seria fazer kayaks de carbono mais reduzidos do que os clássicos (3 metros). E a Mega Kayaks assim fez. O Mustang, com 2,33 mt e só 8 quilos, é uma autêntica máquina para surfar. Agora, convenhamos, o seu preço é também algo impeditivo para as nossas carteiras. Desembolsar 1250 euros (em média) por cada modelo da Mega, não sai assim tão barato. Contudo, o preço dos “plásticos” da última geração da Wave Sport, da Riot ou da Dagger, entre outros, também não anda assim tão longe destes números. Certo é que versatilidade de um playboat em plástico é muito superior do que qualquer um dos Mega kayaks ou qualquer outro surf kayak. Com um “plástico” jeitoso, sempre podemos fazer umas ondas e, ao mesmo tempo, explorar com o mesmo barco uns rolos de rio ou umas descidas. O ideal, seria um kayak para rios e outro para as ondas salgadas . Mas, voltando ao cerne da questão, o que verdadeiramente está em ebulição é esta mescla de influências entre o surf e o Freestyle. Por cá, e falo do que tenho visto nas provas nacionais de kayak surf, a tendência tem sido mais pendente para o lado do “Freestyle das ondas”, chamemos-lhe assim. Ou seja, há uma série de canoístas de águas bravas – alguns com currículo em provas de puro Freestyle – que teimam em exibir os seus dotes na espuma das ondas enquanto descuram o teor do kayak surf que é… surfar.
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